Este módulo tem como objetivo disponibilizar ferramentas e estratégias aos formadores de forma a promoverem uma utilização saudável e segura da tecnologia entre os jovens, com ênfase no desenvolvimento de aptidões críticas, identificando e evitando potenciais armadilhas digitais. Em conjunto, iremos explorar a forma de orientar os jovens para uma autonomia digital informada, garantindo uma aprendizagem enriquecedora e protegida. Ao mobilizarem uma série de recursos e estratégias, os formadores ficarão capacitados a promover um ambiente de aprendizagem dinâmico e enriquecedor para os seus formandos.
No final deste módulo, os formandos adquirirão os conhecimentos e as aptidões necessárias para promover a autonomia digital e informada e garantir um ambiente de aprendizagem seguro e enriquecedor. Os resultados de aprendizagem deste módulo são os seguintes:
Conhecimentos:
Aptidões:
Este tópico tem como objetivo dar aos formandos uma definição e uma compreensão aprofundada da autonomia digital e da sua importância nas nossas sociedades na era digital. Ao desenvolverem aptidões que lhes permitam assumir o controlo da sua vida digital e fazer escolhas informadas, estarão mais bem preparados para navegar no mundo digital de forma independente e segura. Numa altura em que a tecnologia está no centro da nossa vida quotidiana, é crucial dotá-los das aptidões necessárias para navegarem no mundo digital de forma independente e responsável.
Esta tópico explora os fundamentos da cidadania digital, proporcionando aos participantes uma compreensão aprofundada dos direitos, responsabilidades e normas de comportamento online adequado. Na era digital, é essencial conhecer e respeitar as regras e os comportamentos que regem as interações na Internet, de forma a promover um ambiente online saudável e respeitoso para si próprio e para os outros. Inclui a necessidade de respeitar os outros, proteger as suas informações pessoais e denunciar comportamentos inadequados.
Este tópico realça a importância de compreender o que é uma pegada digital e de praticar comportamentos seguros online, como a utilização de palavras-passe fortes, reconhecer tentativas de phishing e a criação regular de cópias de segurança dos dados. Trata-se também de compreender o âmbito das nossas ações digitais: como podem influenciar a reputação, a saúde mental e a segurança pessoal. É vital compreender a importância de manter uma presença online positiva e construtiva e compreender as consequências de ações prejudiciais.
No final deste módulo, será capaz de:
Este módulo pode ser enriquecido com debates regulares sobre a importância da autonomia digital para os jovens, salientando a forma como as aptidões adquiridas podem ser aplicadas na sua vida diária e académica. Deve incluir reflexões coletivas, incentivando sempre os formandos a desenvolverem continuamente estas aptidões e a manterem uma abordagem crítica da informação que encontram online.
Carlos, um formador, apercebeu-se de que os jovens da sua organização recorrem às redes sociais para obter informações, mas não possuem aptidões de avaliação crítica. Preocupado com as notícias falsas, desenvolveu um projeto educativo para reforçar a autonomia digital dos formandos e a sua sensibilização para a desinformação.
O seu projeto centra-se em duas áreas principais: formar os jovens na utilização de ferramentas digitais para pesquisa e verificação de informação e promover uma abordagem crítica das fontes online. Um objetivo secundário é prevenir o abuso digital através do ensino de técnicas de verificação.
Fases de implementação
Resultados
Conclusão
O projeto do Carlos capacita os formandos a navegarem nos espaços digitais de forma responsável, dotando-os de aptidões essenciais para identificarem notícias falsas e tornarem-se cidadãos informados.
Q1. Como podem os formadores integrar eficazmente o pensamento crítico e as aptidões de literacia digital no seu currículo para ajudar os formandos a navegar na Internet de forma segura e responsável?
Q2. Quais são os possíveis desafios que os formandos podem enfrentar quando tentam identificar e verificar informações online e como é que esses desafios podem ser abordados na sala de aula?
Q3. De que forma podem os projetos colaborativos, como a criação de blogues, melhorar a compreensão sobre desinformação por parte dos formandos e melhorar a sua autonomia digital?
A autonomia digital dos jovens é uma aptidão crucial que engloba a capacidade de utilizar a tecnologia de forma independente, eficaz e segura. Numerosos estudos mostram que esta aptidão contribui significativamente para o desenvolvimento pessoal e a autoestima dos adolescentes.
Por exemplo, a utilização de plataformas digitais permite aos jovens desenvolver aptidões de resolução de problemas, dominar tarefas complexas, mas também escapar à supervisão dos pais, o que aumenta a sua autoconfiança e o seu sentido de realização ( Frontiers https://www.frontiersin.org/journals/psychology/articles/10.3389/fpsyg.2021.632713/full study).
A autonomia digital também ajuda os adolescentes a navegar num ambiente online de forma crítica. Inclui a capacidade de verificar a veracidade das informações e evitar as armadilhas das notícias falsas. Esta aptidão é particularmente importante num contexto em que os jovens estão cada vez mais expostos às redes sociais e à informação online sem supervisão adequada
(see APA https://www.apa.org/monitor/2023/09/protecting-teens-on-social-media#:~:text=URL%3A%20https%3A%2F%2Fwww.apa.org%2Fmonitor%2F2023%2F09%2Fprotecting,100 study).
A pandemia COVID-19 acentuou a importância destas aptidões, uma vez que as ferramentas digitais se tornaram essenciais para a educação e a socialização. Os adolescentes utilizaram as tecnologias para se manterem ligados, manterem interações sociais e continuarem a aprender, demonstrando a capacidade dos meios digitais para preencherem o vazio deixado pelas interações físicas. É, assim, importante salientar a necessidade de apoiar o desenvolvimento destas tecnologias de uma forma segura e informada ( Frontiers https://www.frontiersin.org/journals/psychology/articles/10.3389/fpsyg.2021.632713/full)
Assim, o desenvolvimento da autonomia digital nos jovens não se limita à aprendizagem técnica, mas inclui também a sensibilização para comportamentos éticos e responsáveis, contribuindo assim para a sua formação como cidadãos digitais informados.
A autonomia digital dos jovens é crucial no processo de aprendizagem por quatro razões fundamentais:
a autonomia digital permite que os jovens desenvolvam aptidões essenciais, como a pesquisa de informação, a avaliação crítica de fontes e a resolução de problemas técnicos. Estas aptidões são indispensáveis num mundo em que o acesso à informação é omnipresente e a capacidade de discernir informação fiável de notícias falsas é cada vez mais importante ( Frontiers e APA).
ao serem digitalmente autónomos, os jovens podem assumir o controlo da sua própria aprendizagem. Podem explorar tópicos de interesse pessoal, utilizar recursos online para aprofundar os seus conhecimentos e aprender ao seu próprio ritmo. Isto promove uma abordagem mais personalizada e cativante da educação (Frontiers).
o domínio das ferramentas digitais é cada vez mais procurado no mercado de trabalho. Ao desenvolverem a sua autonomia digital desde cedo, os formandos adquirem aptidões valiosas que os prepararão melhor para entrar num ambiente profissional em que as tecnologias digitais desempenham um papel central (Frontiers).
a aprendizagem da autonomia digital inclui também a sensibilização para o comportamento ético online, a proteção dos dados pessoais e a gestão da privacidade. Ajuda os jovens a navegar no mundo digital de forma responsável, reduzindo os riscos associados a abusos e ciberameaças (APA).
ao dominarem as ferramentas digitais e concluírem com êxito tarefas complexas online, os jovens podem desenvolver uma maior autoconfiança e autoestima.
Objetivo: Este exercício tem como objetivo sensibilizar os jovens para a importância da autonomia digital e ensiná-los a utilizar as ferramentas digitais de forma independente e crítica.
Duração: duas horas
Materiais necessários: Computadores ou tablets com acesso à Internet / Projetor e ecrã / Papel e canetas para tomar notas
Introdução e definição (15 minutos)
Debate na aula: Comece com um debate interativo sobre o significado de autonomia digital. Peça aos formandos para partilharem as suas ideias e experiências. Escreva palavras-chave no quadro.
Definição: Forneça uma definição clara de autonomia digital, explicando a sua importância na vida quotidiana.
Pesquisa de informações (30 minutos)
Atividade de investigação: Divida o grupo em grupos de menor dimensão. Peça a cada grupo para escolher um tópico (por exemplo, o impacte das redes sociais na saúde mental dos jovens). O objetivo é procurarem informações sobre este tópico utilizando vários motores de busca e fontes de informação online.
Crítica das fontes: Cada grupo deve avaliar a fiabilidade das fontes que encontrou. Forneça critérios para esta avaliação como, por exemplo, as três seguintes perguntas: O autor é identificável e credível? A fonte é recente? O site é reputado?
Apresentação e debate (30 minutos)
Apresentação: Cada grupo apresenta os seus resultados à turma, explicando como encontrou e verificou a informação.
Debate: Organize um debate onde os grupos discutem a informação encontrada, realçando as diferenças e semelhanças entre as suas fontes. Incentive os formandos a fazer perguntas e a discutir técnicas de verificação de factos.
Este exercício ajuda os jovens a compreender a importância e os benefícios da autonomia digital e a desenvolver aptidões críticas que podem ser utilizadas de forma transversal para navegar no mundo digital de forma responsável e independente.
A cidadania digital refere-se à utilização responsável, ética e segura das tecnologias digitais. Engloba uma vasta gama de comportamentos e aptidões necessários para navegar no mundo digital. Inclui a compreensão dos direitos e responsabilidades online, a proteção da privacidade, a segurança, a participação ativa em comunidades online e a utilização ética dos recursos digitais.
Conhecer e praticar a Netiqueta é uma das condições da cidadania digital. A netiqueta, ou etiqueta digital, é um conjunto de regras de boa conduta que regem as interações online. O seu objetivo é promover um comportamento respeitoso e responsável na Internet. Eis os princípios básicos da netiqueta:
Estão disponíveis ferramentas e recursos essenciais para estar a par dos desenvolvimentos, mas também para receber aconselhamento. A Netiquette Guidelines https://www.netmanners.com/ é um recurso online relevante para aprender sobre boas práticas online. StaySafeOnline www.staysafeonline.org O Piccle fornece dicas para uma navegação online segura e responsável, bem como a Rede de Bibliotecas Escolares. https://www.commonsensemedia.org
Seguindo estas regras básicas de netiqueta, os formadores e os jovens podem ajudar a criar um ambiente online mais respeitoso, seguro e amigável.
Aqui está também uma seleção de canais do YouTube altamente recomendados para aprender netiqueta e outros aspetos da etiqueta digital, adequados para os jovens:
Estes canais não só proporcionam entretenimento, como também incorporam mensagens importantes sobre comportamento online, segurança digital e comunicação respeitosa, que são essenciais para a netiqueta. Para mais informações, pode explorar os canais diretamente no YouTube.
Cenários ficcionais e debate em grupo (30 minutos)
Criação de um guia prático (15 minutos)
Conclusão (10 minutos)
Termine com um debate sobre a importância da autonomia digital e sobre a forma como as aptidões aprendidas podem ser aplicadas na sua vida diária e académica. Incentive os formandos a continuarem a desenvolver estas aptidões e a manterem-se críticos em relação à informação que encontram online.
Como formador, é crucial educar os jovens sobre as melhores práticas de privacidade online para os preparar para navegar num mundo digital crescentemente complexo e interligado. A proteção da privacidade é essencial para evitar riscos como o roubo de identidade,, o cyberbullying, e a exploração de dados pessoais. Ao ensinar os formandos a gerir as suas informações pessoais de forma segura, está a dar-lhes as ferramentas para se protegerem das ameaças online. Além disso, esta aprendizagem ajuda-os a desenvolver um comportamento responsável e ético na Internet, reforçando assim a sua confiança e autonomia na utilização das tecnologias digitais. Investir nesta formação desde tenra idade ajuda a cultivar uma geração mais consciente e resistente aos desafios do mundo digital.
Uma pegada digital consiste nos vestígios que deixa online quando utiliza a Internet. Inclui todas as suas atividades online, como mensagens, fotografias, vídeos, comentários e até pesquisas. Todas as ações que realiza na Internet contribuem para esta pegada, que pode ser visível e acessível a terceiros, por vezes durante um período indefinido.
É fundamental compreender a importância da sua pegada digital, uma vez que esta pode ter um impacte significativo na sua vida pessoal e profissional. Uma pegada digital bem gerida pode ajudá-lo a criar uma imagem online positiva, benéfica para futuras oportunidades, como entrada na faculdade ou procura de emprego. Por outro lado, informações ou conteúdos inadequados podem prejudicar a sua reputação e ter consequências negativas. Por conseguinte, é essencial adotar práticas responsáveis e ponderadas ao interagir online, protegendo a sua privacidade e segurança enquanto constrói uma pegada digital positiva.
Seguem-se as ameaças mais comuns a que pode estar sujeito:
O phishing é uma técnica de fraude online em que os atacantes se fazem passar por entidades de confiança, como bancos ou sites populares, para enganar os utilizadores e levá-los a divulgar informações pessoais sensíveis, como palavras-passe, números de cartões de crédito ou informações bancárias.
Dois recursos online podem ajudá-lo.
A Microsoft disponibiliza um guia completo que explica o que é o phishing, como reconhecê-lo e como se proteger do mesmo. Clique aqui para visitar o guia da Microsoft.
A Deco Proteste disponibiliza um tutorial sobre como reconhecer e evitar esquemas de phishing. Clique aqui para visitar o guia da Deco.
A apropriação de conta é uma atividade maliciosa em que indivíduos não autorizados obtêm acesso a uma conta online contornando ou violando medidas de segurança. Pode incluir a utilização de técnicas como o roubo de palavras-passe, a exploração de vulnerabilidades de segurança ou a engenharia social para obter credenciais. Uma vez obtido o acesso, os piratas informáticos podem roubar informações pessoais, fazer-se passar pela vítima ou utilizar a conta para fins fraudulentos.
O Malware é uma contração de "software malicioso", um programa ou código concebido especificamente para danificar, perturbar ou obter acesso não autorizado a sistemas informáticos. Pode assumir várias formas:
também conhecida como violação de dados, ocorre quando informações sensíveis, confidenciais ou protegidas são acidentalmente ou deliberadamente expostas a pessoas não autorizadas. Estes dados podem incluir informações de identificação pessoal, informações financeiras, segredos comerciais, dados de saúde e outros tipos de informações confidenciais.
As violações de dados podem ocorrer por várias razões, incluindo:
acesso interno malicioso: pessoas mal-intencionadas podem divulgar voluntariamente informações confidenciais.
Face a estas ameaças, é importante adotar boas práticas para proteger a sua privacidade. Eis as principais medidas a tomar:
Clique aqui para consultar dicas para criar palavras-passe fortes. https://infosec.yorku.ca/three-easy-tips-to-choose-a-strong-password.
para garantir que o seu software está atualizado, ative as atualizações automáticas sempre que possível e verifique regularmente se existem atualizações para todas as suas aplicações e sistemas operativos. Esta abordagem proativa ajuda-o a manter-se protegido e a usufruir das funcionalidades e melhorias mais recentes;
Objetivo: Este exercício prático ajuda os jovens a pensar de forma crítica sobre a proteção das suas informações pessoais online e a adotar comportamentos seguros.
Implementação
Conclusão e debate (10 minutos)
Digital literacy, as defined by the European Union, refers to the ability to access, understand, evaluate and create information using digital technologies. It encompasses a range of skills, including basic computer literacy, internet browsing, critical thinking about digital content, cybersecurity awareness, and mastery of the use of digital tools for communication, productivity, and creativity. This definition is in line with the European Commission’s Digital Education Action Plan and initiatives to promote digital skills and competences for all citizens.
[Source: European Commission. (2018). Digital Education Action Plan.]
Two-factor authentication (2FA) is a security https://docs.google.com/document/d/1iCu-DRbp1X7GxyMa0M5Qw6RHRo14hrfd/edit#heading=h.1t3h5sfmethod that enhances the protection of online accounts by requiring two separate elements to verify the user’s identity. These two elements can include:
The goal of 2FA is to add an extra layer of security by making it much harder for attackers to access an account, even if they manage to get the password. This significantly reduces the risk of online hacking and fraud.
The digital footprint is the set of traces and information that you leave behind when you use the internet and digital devices. This includes all online activities such as social media posts, comments, emails, search engine searches, and online shopping. This data may be collected, stored, and sometimes shared by companies, websites, or applications, creating a digital profile that can be used for a variety of purposes, including targeted advertising, behavioural analysis, and monitoring.
Digital fingerprinting can be voluntary (information you intentionally share) or unintentional (data collected without you being fully aware of it). Managing and protecting your digital footprint is crucial to maintaining your online privacy and security, and to maintaining a good digital reputation.
Responsible and ethical use of digital technologies, encompassing behaviours such as respecting the online privacy of others, practicing safe internet habits, and contributing positively to online communities. Digital citizenship also involves understanding one’s rights and responsibilities in the digital world.
[Source: Common Sense Education Digital Citizen Program]
A data breach, occurs when sensitive, confidential, or protected information is accidentally or intentionally exposed, disclosed, or accessed by unauthorised persons. This data may include personally identifiable information (PII), financial information, health data, trade secrets, or other types of confidential information.
Malware, a contraction of “malicious software”, is a program or code designed specifically to cause damage, steal data, or disrupt the normal operations of a computer system, network, or device. Malware can take different forms, including:
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